sexta-feira, 7 de março de 2014

De novo, Jader foi o mais ausente no Senado

De novo, Jader foi o mais ausente no Senado

Peemedebista, que já havia sido o mais faltoso em 2012, não compareceu a quase 40% das sessões da Casa em 2013. Veja a relação dos senadores que mais acumularam ausências, segundo levantamento da Revista Congresso em Foco





Moreira Mariz/Ag. Senado
Em 2012, Jader faltou a quase metade das sessões reservadas a votação no Senado
Pelo segundo ano consecutivo, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi o campeão de faltas no Senado – somadas todas as ausências, justificadas ou não, excluídas as licenças médicas. Em 2013, o peemedebista paraense deixou de comparecer a 46 sessões (39%), 37 delas abonadas por algum tipo de licença. Ainda assim, um retrospecto melhor do que o de 2012, quando faltou a 57 (45%) das 126 sessões deliberativas. Os dados são de levantamento da mais nova edição da Revista Congresso em Foco, que já pode ser acessada por assinantes em sua versão digital ou comprada, em sua versão impressa, tanto pela internet quanto nas bancas.

Discreto desde que voltou à Casa há dois anos, Jader ainda não apresentou nem relatou qualquer projeto de lei ou proposta de emenda à Constituição no período, apesar de ter sido o segundo senador que mais gastou a verba para o exercício do mandato, o chamado cotão. O peemedebista também foi o terceiro em faltas injustificadas. Deixou sete sem explicações até o início de janeiro.
Veja a lista dos senadores com mais ausências em 2013
O segundo senador com mais ausências foi Zezé Perrella (PDT-MG), que deixou de comparecer a 39 sessões. Dessas, apenas três ficaram sem esclarecimento. Em novembro, a Polícia Federal apreendeu um helicóptero da família do pedetista com quase 500 kg de cocaína. O delegado que cuida do caso diz que não há qualquer indício de envolvimento da família com a droga apreendida. Mas o senador teve de subir à tribuna para se explicar.
Completam a relação dos senadores com mais ausências Roberto Requião (PMDB-PR), com 35 faltas, José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), com 33 cada. Requião justificou todas as ausências. Collor e Sarney deixaram sem justificar duas e quatro, respectivamente.
Em resposta à reportagem, a assessoria de imprensa de Requião atribuiu as ausências do senador às suas atividades parlamentares fora do Brasil, em países como México e Polônia. Muitas das viagens, informou o gabinete, estavam relacionadas à sua função de vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e, mais recentemente, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável da Eurolat, entidade que reúne parlamentares europeus e latino-americanos.
Sem justificativa
Entre os que mais tiveram faltas não justificadas, a primeira colocação ficou com o senador Lobão Filho (PMDB-MA), filho e suplente do senador licenciado Edison Lobão (PMDB-MA), atual ministro de Minas e Energia. Até janeiro, ele não havia explicado o motivo de 14 ausências do ano passado. O senador, no entanto, não aparece entre os mais faltosos. Esteve presente em 101 das 119 sessões.
Os senadores com mais faltas injustificadas
Em 2011, Lobão Filho havia conquistado o ingrato troféu de parlamentar com mais faltas totais na Casa, mesmo ano em que sua mãe, Nice Lobão (PSD-MA), alegando problemas de saúde, foi a mais faltosa entre os deputados federais (leia mais). Naquele ano, o senador também se recuperava de um acidente automobilístico. Procurado, ele não retornou o contato da reportagem desta vez.
De acordo com os registros oficiais do Senado aos quais a revista teve acesso, o segundo senador em faltas injustificadas no ano passado foi o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A reportagem identificou dez sessões em que não houve o registro de comparecimento nem de esclarecimento sobre a ausência do peemedebista.
A assessoria de Renan reconhece a existência de apenas três faltas injustificadas e alega que as informações sobre o presidente do Senado são registradas à parte. “As presenças e faltas de presidentes do Senado são lançadas em separado dos demais senadores”, justifica a assessoria.
O curioso é que o nome do senador aparece 106 vezes na mesma relação de presença em que figuram os demais, publicada no Diário Oficial do Senado. Ou seja, ao menos no caso das presenças, não há distinção no registro entre o presidente e os demais senadores. Conforme revelou a Revista Congresso em Foco, o Senado mantém um relatório secreto com o quadro de comparecimento de cada parlamentar, mas restringe seu acesso ao próprio congressista. Uma prática bem diferente da Câmara, que permite ao eleitor acompanhar a frequência de seus representantes dia a dia. Quarto colocado entre os que não justificaram, Vicentinho Alves (SDD-TO) atribuiu suas ausências a compromissos partidários e com sua base eleitoral no Tocantins.
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