quarta-feira, 30 de abril de 2014

Partidos receberam quase R$ 300 milhões do Fundo Partidário em 2013

         Os partidos políticos receberam R$ 294 milhões por meio do Fundo Partidário no ano passado. O Fundo é a principal forma das agremiações financiarem as suas atividades. É como se cada brasileiro pagasse cerca de R$ 1,50 para as entidades anualmente. Os 32 partidos políticos brasileiros têm até amanhã (30) para prestarem as contas de 2013 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O valor anual destinado a cada agremiação é definido de acordo com a votação anterior de cada sigla à Câmara Federal. Os repasses, contudo, podem ser suspensos caso não seja feita a prestação de contas anual pelo partido ou esta seja reprovada pela Justiça Eleitoral, conforme artigo 37 da Lei Eleitoral (9.096/95). Dessa forma, a agremiação que mais recebeu recursos do fundo no ano passado foi o Partido dos Trabalhos (PT). O partido da atual presidente do país, Dilma Rousseff, recebeu R$ 47,3 milhões em 2013. O montante representa 16,1% do total desembolsado pelo Fundo no exercício passado. O segundo maior beneficiado foi o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), da base aliada do governo, que recebeu R$ 353,3 milhões (12%). Na terceira colocação ficou o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que deve ter como presidenciável em 2014 Aécio Neves. A legenda recebeu R$ 323,8 milhões do Fundo Partidário em 2013. Completam o ranking as agremiações políticas Partido da República (PR) e o Partido Progressista (PP), que receberam R$ 206,4 milhões e R$ 197,6 milhões, respectivamente. O Partido Socialista Brasileiro (PSB), que deve concorrer às eleições presidenciais com Eduardo Campos e Marina Silva, recebeu R$ 196,6 milhões do Fundo no ano passado. O montante repassado para os partidos passou, em valores correntes, de R$ 70,2 milhões em 2000 para R$ 294,2 milhões em 2013, crescimento nominal de 319% no período de 14 anos. O montante pago em 2013 é muito maior do que a previsão de recursos para o programa de políticas para as mulheres neste ano (R$ 194,4 milhões) e do que o orçamento do programa para promoção dos direitos da criança e do adolescente (R$ 170,6 milhões) neste ano. Entre 2000 e 2013, quase R$ 2,1 bilhões foram repassados para as legendas. Para 2014, a previsão é que R$ 364,4 milhões saiam dos cofres públicos para os partidos políticos. Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Flávio Testa, a dependência do fundo é maior conforme diminui o tamanho dos partidos. Segundo o especialista, quase a totalidade dos partidos usa o fundo para manter sua militância e custear despesas operacionais: “Há pouca aplicação na formação de quadros e desenvolvimento político”. O professor também se mostra contrário a uma eventual expansão do modelo de financiamento público das siglas. “Deveria sim haver mais fiscalização e transparência sobre a aplicação dos recursos”, afirmou. Segundo ele, o fundo deveria ser gerenciado profissionalmente, com a apresentação de um plano estratégico para aplicação dos repasses da União. Prestação de contas Os 32 partidos políticos brasileiros têm até amanhã (30) para apresentarem as prestações de contas partidárias referentes ao exercício de 2013. A prestação de contas anual é determinada pela Constituição Federal (artigo 17, inciso III) e pela Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995 – artigo 32). De acordo com a legislação, cabe à Justiça Eleitoral fiscalizar as contas dos partidos e a escrituração contábil e patrimonial, para averiguar a correta regularidade das contas, dos registros contábeis e da aplicação dos recursos recebidos, próprios ou do Fundo Partidário. As prestações de contas devem conter: a discriminação dos valores e a destinação dos recursos recebidos do Fundo Partidário; a origem e o valor das contribuições e doações; as despesas de caráter eleitoral, com a especificação e comprovação dos gastos com programas no rádio e televisão, comitês, propaganda, publicações, comícios e demais atividades de campanha; e a discriminação detalhada das receitas e despesas. Exame do TSE Após a entrega das contas, os técnicos analisam toda a documentação apresentada com base na legislação eleitoral e partidária. Caso o partido não entregue a prestação de contas dentro do prazo, a Presidência do Tribunal é informada que a sigla está inadimplente quanto a essa obrigação. O partido, então, é intimado a apresentar as contas em um prazo de 72 horas. Se a sigla permanecer inadimplente, a prestação de contas deverá ser julgada como não prestada. Como sanção, a legenda terá a suspensão de cotas futuras do Fundo Partidário e poderá ser obrigada a restituir os recursos que recebeu e não comprovou a correta aplicação. Se a prestação estiver completa, a Justiça Eleitoral determinará, imediatamente, a publicação dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela não existir, a afixação dos balanços no cartório eleitoral, para que algum outro partido ou cidadão, caso queira, possa questionar as contas ou impugná-las. O TSE informa os TREs sobre a distribuição das verbas do diretório nacional do partido, para que eles possam verificar se houve repasses aos diretórios estaduais, e se estes os registraram. Os técnicos verificam as peças que estão faltando na prestação. Sugerem ao ministro relator das contas que seja aberto ao partido prazo, de até 72 horas, para preencher as lacunas observadas. Também pode ser fixado prazo de até 20 dias para o partido poder complementar a documentação, se for detectada a necessidade de esclarecimentos por parte da legenda. Contas eleitorais Em anos eleitorais, além da prestação de contas anual, os partidos precisam consolidar as despesas de campanha. No caso da prestação de contas eleitoral, os candidatos, os partidos e os comitês financeiros têm de encaminhar prestações de contas para a Justiça Eleitoral em três momentos: duas entregas parciais, em agosto e setembro do ano eleitoral; e a final, tanto no primeiro turno quanto no segundo, se houver, até o final de novembro. - See more at: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/8426#sthash.3FB5YUpz.dpuf

terça-feira, 29 de abril de 2014

Lula diz que petistas presos no MENSALÃO não são de sua confiança

Em entrevista a emissora de Portugal, ex-presidente afirma que valerioduto foi um julgamento 80% político e 20% jurídico. Ele minimizou gastos com a Copa do Mundo e os protestos de rua



                             

“A gente não faz a Copa do Mundo pensando em dinheiro”
O ex-presidente Lula afirmou que os petistas presos no mensalão não são da sua confiança. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou por corrupção e outros crimes grandes figuras do PT como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e os ex-deputados José Genoino e João Paulo Cunha. Lula afirmou que o julgamento será “recontado” e que ele “teve praticamente 80% de decisão política e 20% jurídica”.
Em entrevista à rede de televisão portuguesa RTP, levada ao ar neste domingo (27), o ex-presidente interrompeu a jornalista Cristina Esteves quando ela questionou-o sobre pessoas de sua confiança que foram presas. “Não se trata de gente da minha confiança. Tem companheiros do PT presos, eu indiquei seis pessoas da Suprema Corte que julgaram e acho que cada um cumpre com seu papel”, afirmou Lula. “Não houve mensalão.”
O ex-presidente não foi acusado no processo do Supremo. “O que é importante é que quando uma pessoa é honesta e decente, elas enxergam é nos olhos. Não adianta dizer que o Lula pratica qualquer ato ilícito porque o povo me conhece”.
Veja a entrevista de Lula à RTP
Lula criticou o resultado do julgamento do mensalão. E reafirmou que a história do caso vai ser “recontada”. “O povo é mais esperto que algumas pessoas imaginam.” Para o petista, o objetivo do processo era fazer um “massacre que visava a destruir o PT”, mas isso não aconteceu.
Copa e protestos
Na entrevista, Lula minimizou as queixas de gastos com a Copa do Mundo e dos protestos de junho. “A gente não faz a Copa do Mundo pensando em dinheiro. A Copa é o encontro de civilizações”, disse ele.
O ex-presidente disse que o motivo dos protestos é um desejo natural de melhoria de vida das pessoas. “Porque o povo quer mais. Ah! Assim é a humanidade. Se hoje você come contrafilé, amanhã você quer filé”, afirmou Lula. “Acho extraordinário que o povo queira mais. Instituiu-se no Brasil o padrão Fifa. Eu quero escola padrão Fifa, transporte padrão Fifa. Eu acho ótimo”.
Ele disse que haverá segurança para atletas e turistas durante a Copa, mesmo com protestos. “Deixa o povo ir pra rua: não tem nenhum problema”, afirmou ele. “É um povo indo pra rua protestando e outro povo indo pra rua para ver o jogo.”
Cabo da Dilma
O ex-presidente reafirmou que não será candidato, que vai ser cabo eleitoral de Dilma Rousseff nas próximas eleições. “Ela vai ganhar as eleições”, garantiu.
Lula afirmou que denúncias de corrupção como o mensalão, irregularidades na Petrobras e outros problemas levantados não ameaçam a reeleição de Dilma.
Problemas na economia não existem, afirmou Lula, o que facilita a campanha da atual presidenta. “Acho engraçado algumas revistas estrangeiras dizerem que o Brasil não está bem”, afirmou Lula. Ele enumerou conquistas dos 11 anos de governo do PT, como crescimento da classe média e do emprego, redução do número de miseráveis, aumento da quantidade de passageiros de avião, estudantes universitários e de consumo de automóveis.
China
Lula entendeu que o Brasil perdeu oportunidades para a China durante privatizações de empresas portuguesas. Ele espera que, nas próximas vendas, os empresários brasileiros venham “com força”. Para isso, ele defende que o governo do Brasil conceda empréstimos para garantir esses negócios.
Mais sobre Lula

segunda-feira, 28 de abril de 2014

VIXE : Joyce Pascowitch, Lula aceitou ser o candidato

ESPAÇO DO LEITOR:
Vieirinha......................email


          :
Uma nota publicada pela colunista Joyce Pascowitch, editora da revista Poder, nesta tarde, agita o mercado político e também financeiro; o ex-presidente Lula teria confidenciado a pessoas próximas que aceitou o desafio de concorrer ao Palácio do Planalto já em 2014; "Ele já deu como certa nesse fim de semana, para amigos mais próximos, sua intenção de voltar ao posto", diz ela; será que isso já foi combinado com a presidente Dilma Rousseff?

28 de Abril de 2014 às 15:28

sábado, 26 de abril de 2014

CANDIDATO : Silvio Santos vem aí.......



             

Antenado na política desde que ensaiou se candidatar a presidente, e preocupado com a repercussão dos comentários de Rachel Sheherazade no Palácio do Planalto, o dono do SBT Silvio Santos ligou para parlamentares em Brasília, dizem fontes da emissora. Estava receoso de ação do MP Federal contra o canal e a apresentadora, acusada de fazer comentários que incitam a violência, no caso do menor acorrentado por populares no Rio. Silvio, que não descartou pedir audiência com a presidente Dilma, deu férias de duas semanas para Rachel. Ela voltou há poucos dias à bancada e não tocou no assunto.
O mote. A deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB, protocolou representação no MP e acionou a Secom da Presidência contra manifestações de Rachel que classificou de racistas.
Oiiieee, Ahaii. Oficialmente a assessoria do SBT informou que desconhece o assunto e não comentaria. Mas parlamentares garantem o contato do grande apresentador, com sua conhecida voz.
Pupila. Silvio ligou de Miami, onde passa parte do mês. Nas conversas, defendeu Sheherazade, a quem apadrinhou no canal e a quem deu carta branca para comentários.
Polemizou. Nas férias na Paraíba, terra natal, Sheherazade foi recebida como heroína e estrela. Disse em rádios que sofre perseguição de políticos do PT e até de colegas em SP.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

STF limpa a barra de Fernando Collor



                                             ■ A barra está limpa para Fernando Collor de Mello. Único presidente da República a sofrer processo de impeachment na história do Brasil, o alagoano foi absolvido ontem das últimas três acusações que ainda pendiam sobre ele a respeito de seu encalacrado meio mandato. A saber: peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica. Com o resultado da votação do plenário do STF, o senador fica 100% ficha limpa e já pode se candidatar com a cabeça tranquila à Presidência. E olha que tem quem queira elegê-lo. ■ José Dirceu continua dando o que falar na Papuda. A mais recente estripulia do líder do núcleo político do mensalão é um suposto telefonema que o ex-ministro teria dado para o Palácio do Planalto. O Ministério Público do Distrito Federal já solicitou às cinco operadoras de telefonia celular no país que enviem informações de registro de ligações entre o presídio e a sede do governo. A decisão está nas mãos do presidente do STF Joaquim Barbosa. Será que ele vai autorizar? ■ Outro telefonema que causou burburinho no meio político, principalmente entre os petistas que trabalham na campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes, foi o entre o candidato do PT e o polêmico e jurássico Paulo Maluf. O mais grave não foi nem o elogio que Padilha fez à autoria da construção da eclusa de Barra Bonita, erguida pelo ex-prefeito no longínquo 1979. Afinal, o PP oficializou o apoio à chapa do PT. Surpreendente foi o cumprimento cheio de reverência, quase com intimidade: “Doutor Paulo, você sabe onde eu estou?” É, vale tudo mesmo pra chegar aos dois dígitos nas pesquisas.

PPS aciona Corregedoria para investigar relação de deputado com doleiro

Líder do partido na Câmara pede investigação sobre entrega de dinheiro por Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, em apartamento de Luiz Argôlo, do recém-criado Solidariedade





Luiz Argôlo nega ser o LA citado como destinatário do dinheiro repassado por doleiro preso: "Tudo é ilação"
A liderança do PPS na Câmara pediu, nesta quarta-feira (23), à Corregedoria da Casa que apure o envolvimento do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Para o líder da bancada na Câmara, Rubens Bueno (PR), há indícios de que o deputado baiano, que trocou recentemente o PP pelo recém-criado Solidariedade, quebrou o decoro parlamentar por causa de suas relações com o doleiro.
“O caso é grave e não pode passar em branco. O deputado precisa se explicar na Corregedoria, respeitado o amplo direito de defesa. De qualquer forma, assim como está ocorrendo no caso do deputado André Vargas, uma investigação tem que ser aberta. É isso que estamos cobrando da corregedoria”, defendeu o líder do PPS.
Deputado pelo PT do Paraná, André Vargas renunciou à vice-presidência da Câmara após ter virar alvo de um pedido de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa de suas relações com Youssef. O petista também tem contra si um pedido de cassação no Conselho de Ética. A votação do relatório do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), prevista para ontem, foi adiada a pedido de defensores de Vargas.
A denúncia contra Argôlo é embasada em reportagem publicada no último fim de semana pela revista Veja que revela a troca de mensagens entre Alberto Youssef e uma pessoa identificada como “LA”, que cobra entrega de dinheiro. Ao perguntar o endereço da entrega, o doleiro recebe como resposta a mesma localização do apartamento funcional de Luiz Argôlo: apartamento 603 do bloco H da quadra 302 Norte, em Brasília.
Citando documentos da PF, a revista afirma que, em mensagem de 16 de setembro do ano passado, LA reclama e diz estar preocupado. Youssef responde: “Estou sacando a primeira parte… já está ok, a segunda depende de favor banco (…) Estou resolvendo para cumprir hoje”. Pouco depois, LA cobra mais uma vez: “E aí????”. “Meninos foram para o banco agora.”, responde o doleiro, de acordo com o relato da revista.
A reportagem ainda afirma que, em março, Youssef atendeu a um pedido de “LA” ao anunciar ter transferido R$ 120 mil para Vanilton Bezerra, exatamente o chefe de gabinete de Argôlo.
Ilação
Em respostas à revista, Argôlo negou ser o “LA” mencionado. Em nota, afirmou não ter recebido “supostos pedágios direcionados a detentores de mandatos federais”. Tudo é ilação, segundo disse à publicação. “Estranho as divulgações acerca de depósito indevido em conta de um assessor de meu gabinete”, disse o deputado. O assessor Vanilton Bezzerra assim respondeu sobre os R$ 120 mil, ainda de acordo com Veja: “Não estou sabendo disso”.
Veja ainda destaca que o PP, antigo partido do deputado baiano, aparece em vários documentos apreendidos na Operação Lava Jato como destinatário de dinheiro desviado pela quadrilha.
Rubens Bueno diz que as negativas não são suficientes para afastar uma apuração da Corregedoria. “Apesar do deputado negar envolvimento com o doleiro, há indícios fortes de negócios entre os dois. Tudo isso precisa ser explicado na Corregedoria da Câmara”, afirmou.
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terça-feira, 22 de abril de 2014

OLHO GORDO : PT quer o monopólio da esquerda, diz ex-petista


Ex-líder do PT e um dos coordenadores da campanha presidencial de Eduardo Campos, Maurício Rands diz que conquistas do governo Lula começam a “derreter” e minimiza supostas irregularidades em Suape e adesão de ex-membros do DEM ao PSB


ABr
Rands: "Vários partidos são legatários dos valores da esquerda. Somos parte".
Em meados de 2012, o advogado Maurício Rands anunciou sua desfiliação do PT e renunciou ao mandato de deputado federal. Na época, alegou autoritarismo por parte da cúpula do partido em que militou por 32 anos. Nas eleições municipais daquele ano, ele queria ser indicado pelo PT para disputar a prefeitura de Recife (PE). Perdeu a prévia para o então prefeito da capital pernambucana, João da Costa, que pretendia tentar a reeleição. Marcada por questionamentos, a prévia foi anulada e uma nova chegou a ser marcada.
No entanto, Rands desistiu e deixou o caminho livre para a candidatura do senador Humberto Costa, nome preferido pela executiva nacional do partido. E declarou apoio a Geraldo Júlio (PSB), que ganhou a eleição Na mesma ocasião, Rands também entregou o cargo de secretário que ocupava no governo de Pernambuco, então comandado por Eduardo Campos (PSB).
Líder do PT na Câmara na gestão do presidente Lula, Maurício Rands se filiou ao PSB em outubro do ano passado. Vai ser um dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos à presidência da República. Com a  socióloga Neca Setúbal, indicada pela Rede [partido que a ex-senadora Marina Silva tentou criar], ele deve se dedicar ao programa de governo da chapa presidencial.
Após a solenidade em que Marina Silva foi confirmada como pré-candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos na segunda-feira passada (14), Rands – em entrevista ao Congresso em Foco – criticou as campanhas eleitorais de 2010 e afirmou que “o PSB e a Rede são partidos do campo da esquerda e não têm a arrogância de pretender dizer que detêm o monopólio dos valores de esquerda”. E alfinetou o PT: “Alguns às vezes se arvoram em querer deter o monopólio dos valores políticos”.
“Vários partidos são legatários dos valores da esquerda. Somos parte da esquerda”, continuou o ex-petista. Ele rebateu a acusação do ex-presidente Lula de que Eduardo Campos estaria se virando à direita. “Quem está querendo o debate do futuro, com a juventude, com as forças dos movimentos sociais, não pode ser caracterizado como de direita”, rebateu.
Rands minimizou a presença de políticos vindo do DEM no partido, como Heráclito Fortes e Paulo Bornhausen. “Esse novo pacto não vai discriminar. Todos que queiram discutir um novo projeto para o país podem se incorporar, sem preconceitos”.
Ele avaliou que conquistas do governo de Lula estão começando a ficar em risco sob a gestão da presidente Dilma Rousseff. “Começou a patinar na condução da economia, não modernizou a administração. Nas áreas em que mais tinha conhecimento, não conseguiu avançar”. O ex-líder do PT ainda disse que sua antiga legenda parou no tempo e no conservadorismo. “O partido perdeu capacidade de se renovar e se acomodou com pacto político tradicional.”
PT se perdeu na velha política, diz Eliana Calmon
Veja os principais trechos da conversa com o site.
Congresso em Foco – Como vai ser a coordenação da campanha presidencial? Em que a campanha pretende ser inovadora?
Maurício Rands – O processo está em fase de constituição da coordenação. Queremos incorporar outros partidos. Concluímos as diretrizes. Vamos ouvir setores da sociedade. Sociedade civil organizada, empresariado, academia. A campanha está sendo fundada numa aliança programática. A tradição da política brasileira é fazer aliança eleitoral antes e depois se preocupar com programa. Nós estamos fazendo aliança programática que dá desdobramentos para a questão eleitoral.
Eduardo Campos e Marina Silva falam em “nova política”. O que essa “nova política” tem de diferente da “velha política”?
A primeira coisa é que a aliança está sendo programática. E vai ouvir muito o povo. Não é aquela coisa tradicional em que só a gente fala. O Brasil está querendo ser escutado. Há um mal-estar na sociedade. A sociedade não está mais satisfeita com o padrão de política e de administração pública. Para darmos esse salto de qualidade, achamos que a base de tudo é um novo pacto de governança, um novo pacto político, um rearranjo da forma de fazer política, para dar respostas a perguntas que a sociedade está fazendo. E esse novo pacto vai dar essas respostas.
O PSB abriga políticos de perfil conservador — como o deputado Paulo Bornhausen e o ex-senador Heráclito Fortes, egressos do DEM. Eles fazem parte dessa nova política?
Esse novo pacto que está sendo feito não vai discriminar. Todos que queiram rever a política tradicional e queiram discutir um novo projeto para o país podem se incorporar, sem que tenhamos preconceitos.
As eleições presidenciais estão polarizadas entre PT e PSDB desde 1994. Como convencer o eleitorado de que há uma alternativa fora disso?
O Brasil não quer repetir as eleições de 2010, em que não se discutiram conteúdos e projetos, não foram identificados os problemas nacionais e gargalos ao crescimento e ao avanço do combate à desigualdade. Foi uma campanha superficial. Essa aliança que estamos fazendo não quer repetir o passado. Queremos preservar o que há de positivo no presente e sinalizar para o futuro. A estratégia vai ser ouvir, dialogar, sem preconceito, com todos os segmentos sociais, em todas as regiões.
As últimas pesquisas mostraram queda da presidenta Dilma Rousseff nas intenções de voto, mas estagnação de Eduardo Campos e de Aécio Neves (PSDB). Qual avaliação vocês fazem desse quadro?
A pesquisa é um retrato do presente, mas, muitas vezes, com a memória do retrovisor.  À medida em que a sociedade está querendo algo diferente, agora é que ela vai começar a conhecer o potencial de Eduardo e Marina, as propostas e procedimentos dessa nova aliança, o novo campo político que surge no Brasil. Há muito a caminhar para que essa nova proposta seja conhecida. Tenho convicção de que a proposta vai conquistar os brasileiros à medida que ficar conhecida.
De acordo com ao menos uma das pesquisas, Marina, se candidata a presidente, poderia forçar um segundo turno. Além disso, os brasileiros enxergariam Marina e não Eduardo Campos como mais preparada para a mudança desejada pelos eleitores. Ainda seria discutível dentro da aliança alguma alteração na chapa, que deve ser confirmada somente em junho, quando acontecerá a convenção do PSB? Está totalmente descartada a possibilidade de Marina assumir a candidatura a presidente?
Muita gente apostou que a aliança programática não vingaria. Mas ela vingou. Todos aqueles que continuarem apostando na inviabilidade da chapa de Eduardo e Marina vão continuar perdendo. A chapa encabeçada por Eduardo já está consolidada.
O ex-presidente Lula declarou que Campos migrou para a direita. Essa afirmação está correta?
A candidatura de Eduardo e Marina é a que mais está sintonizada com o sentimento das ruas, com a juventude que não quer o pacto que envelheceu, que não quer o convencional da política, que não quer o debate do presente com o passado. Então quem está querendo o debate do futuro, com a juventude, com as forças dos movimentos sociais, com a criação de um novo campo político não pode ser caracterizado como de direita. Alguns às vezes se arvoram em querer deter o monopólio dos valores políticos. Os valores políticos da esquerda não são monopólio de um único partido. Existem vários partidos que são legatários dos valores da esquerda. O PSB e a Rede são partidos do campo da esquerda e não têm a arrogância de pretender dizer que detêm o monopólio dos valores de esquerda. Somos parte da esquerda. Jamais queremos ter o monópolio. Acreditamos que estamos na trajetória da esquerda brasileira, que é aquela capacidade de se renovar, reinventar, reconectar com a juventude e com as forças de transformação na direção de um país com mais igualdade.
O PSB e a Rede têm divergências em alguns estados. Como evitar que isso atrapalhe a campanha presidencial?
A aliança nacional está consolidada. Existem cerca de 15 estados em que já há encaminhamento para que os dois partidos marchem juntos. Vamos continuar dialogando até as convenções, na data limite de 30 de junho, para fazermos as alianças regionais no maior número possível de estados. Onde não for possível, vai haver mais de uma candidatura apoiando a chapa de Eduardo e Marina.
O senhor teve uma longa trajetória no PT e está no PSB desde outubro último. Quais diferenças vê entre os dois partidos?
Eu e outros que migraram para o PSB estamos muito à vontade porque o PSB tem tradição na esquerda brasileira. São agremiações com trajetórias distintas, mas têm ideário programático na esquerda e, portanto, muitas afinidades. Divergi do PT porque avaliei que o partido perdeu capacidade de se renovar e se acomodou com pacto político tradicional e divergi de imposições, às vezes se distanciando da militância. A gota d’ água foi a imposição de uma candidatura a partir de São Paulo na eleição de Recife. Nos bastidores e na burocracia, a cúpula partidária resolveu impor contra dois candidatos e contra a militância uma terceira candidatura que não tinha se colocado para o debate. Eu precisava demonstrar que existem pessoas que não aceitam desrespeito à militância e jogo do vale tudo para ocupar cargos públicos.
O senhor se decepcionou com o governo Dilma?
O PT avançou muito até o governo de Lula. Em relação ao governo de Dilma, expectativas que nós tínhamos não se confirmaram. Ela começou a patinar na condução da economia, não modernizou a administração. Nas áreas em que mais tinha conhecimento – em energia, por exemplo -, ela não conseguiu avançar. As próprias conquistas do governo Lula começam a derreter, começam a ficar em risco.
O senhor foi um dos principais defensores do governo Lula na CPI dos Correios. Sua opinião sobre o mensalão mudou de lá pra cá?
Tenho orgulho de ter participado e apoiado os avanços do governo Lula. Naquela época [quando veio à tona o escândalo do mensalão], eu disse que quem tivesse cometido coisas erradas teria de responder perante a Justiça. O que eu não aceitava era que usassem a crise de 2005 para tentar, por meio de um golpe, derrubar o governo do presidente Lula e inviabilizar o governo por meio de métodos não democráticos.
Há algum receio em relação à possível investigação de supostas irregularidades no porto de Suape [administrado pelo governo de Pernambuco]?
Não há qualquer irregularidade. Essa pseudo-ameaça que atingiria o PSB é uma ameaça natimorta.
Mais sobre Eduardo Campos

sábado, 19 de abril de 2014

Rebelião da PM na Bahia une forças do PSB e PSDB

           :
Após prisão do vereador Marcos Prisco (PSDB), que liderou o movimento grevista da PM na Bahia, tropa decidiu pelo aquartelamento neste sábado (19), atendendo a pedido do deputado Capitão Tadeu (PSB); assim tucanos e socialistas se unem contra governo de Jaques Wagner (PT), mesmo após a administração atender as principais reivindicações da categoria, que esteve paralisada nesta semana, gerando grande onda de violência; ato tem claro teor político; prisão de Prisco foi determinada pela justiça atendendo a pedido do MPF/BA, que o acusa de "auferir lucros políticos nas últimas eleições municipais" por causa da greve de 2012; agora PSDB e PSB buscam juntos os mesmos dividendos eleitorais

19 de Abril de 2014 às 07:34

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Prefeito gaúcho se desculpa por falar de “infestação de baianos e goianos”


Após repercussão negativa da declaração, prefeito do município de Carlos Barbosa diz que não quis ofender ninguém ao afirmar que a chegada de pessoas da Bahia e de Goiás levaria “fome” à cidade


Divulgação
Francisco Xavier: "Estou muito abalado pela proporção que teve uma fala 'atrapalhada', mas sem má fé"
O prefeito do município gaúcho de Carlos Barbosa, Francisco Xavier da Silva (PDT), desculpou-se, nesta terça-feira (15), por ter declarado que “uma infestação de baianos e goianos” poderia levar “fome” à cidade, de 27 mil habitantes. A frase foi dita pelo pedetista no último dia 31, ao comentar por que era cauteloso na divulgação de uma pesquisa que apontava Carlos Barbosa como o município com melhor indicador socioeconômico do Rio Grande do Sul.  Após a repercussão negativa do caso, o prefeito disse que está “muito abalado” e que foi mal interpretado ao dar uma declaração “infeliz”.
“É importante dizer que, para vir pra cá, precisa ter profissão, estudo. Que o custo de vida aqui não é barato. Me parece que as pessoas que fizeram a mudança aqui eram baianos e goianos… não queremos isso para o município. Se vier uma infestação aqui de baianos e goianos, vai começar a ter fome, vão ter que invadir algum lugar “, disse o prefeito, de acordo com matéria publicada pelo jornal Contexto, de Carlos Barbosa, no último dia 5.
A declaração do prefeito gaúcho, dada em um festival do queijo, provocou reações em Goiás e na Bahia, onde foi destacada em redes sociais e nos jornais. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) cobrou no Twitter um pedido de desculpas do pedetista. “Tenho certeza que os gaúchos estão envergonhados com o prefeito”, escreveu o parlamentar goiano. “Goiás recebe muito bem os gaúchos, baianos, gente de qualquer outro estado. Eles ajudam o nosso estado a crescer, a se desenvolver!”, acrescentou.
“Forte apreço”
Na nota divulgada hoje, Francisco Xavier disse que tem “forte apreço pelo povo de qualquer lugar do Brasil, especialmente aos baianos e goianos, citados equivocadamente e de forma infeliz” por ele. Pela quarta vez à frente do município, o prefeito disse que não houve maldade em seu discurso e que não quis ofender ninguém.
“O que quis dizer é que se as pessoas quiserem vir pra cá, podem vir que serão bem recebidas. Minhas colocações foram na intenção de expor que as pessoas venham com condições de se manter, com qualificação, para facilitar a conquista de um emprego, para que vivam com dignidade, porque o custo de vida é muito alto aqui. Não posso concordar em ver qualquer cidadão passando necessidades, me dói muito isso”, escreveu.
Veja a íntegra da nota do pedido de desculpas do prefeito:
“Peço desculpas pelo ocorrido. Nunca houve maldade em meu discurso e não foi intenção ofender qualquer cidadão, de qualquer lugar do país. O que quis dizer é que se as pessoas quiserem vir pra cá, podem vir que serão bem recebidas. Minhas colocações foram na intenção de expor que as pessoas venham com condições de se manter, com qualificação, para facilitar a conquista de um emprego, para que vivam com dignidade, porque o custo de vida é muito alto aqui. Não posso concordar em ver qualquer cidadão passando necessidades, me dói muito isso. Eu sei o que é passar por dificuldades. Paguei aluguel por 21 anos antes de conseguir financiar minha casa. Me entristece ver algumas famílias que vem pra cá em condições de vulnerabilidade social, passando enormes dificuldades. Isso que eu gostaria de evitar, o sofrimento destas pessoas. O Município tenta ajudar o máximo possível, mas temos nossas limitações, e nunca conseguimos auxiliar o suficiente. Como de costume, minhas falas são sempre espontâneas, nunca faço uso de discursos escritos. Estou muito abalado pela proporção que teve uma fala “atrapalhada”, mas sem má fé. Humildemente reafirmo em público minhas escusas pelo ocorrido e manifesto meu forte apreço pelo povo de qualquer lugar do Brasil, especialmente aos baianos e goianos, citados equivocadamente e de forma infeliz por mim”.
Veja a declaração dada pelo prefeito, segundo o jornal Contexto:

“O que falar de uma cidade como a nossa, que não tem desemprego, limpa, que tem atendido uma série de necessidades básicas? Não temos favela, invasão, gente morando embaixo de lona, de madeirite. Mas temos que ter cuidado ao falar sobre isto. Se colocarmos que aqui só tem coisas boas, as pessoas pensam: ‘vou para lá!’ Botam a mudança em um caminhão, e vamos ver todas as coisas que não queremos. É importante dizer que, para vir pra cá, precisa ter profissão, estudo. Que o custo de vida aqui não é barato. Me parece que as pessoas que fizeram a mudança aqui eram baianos e goianos… não queremos isso para o município. Se vier uma infestação aqui de baianos e goianos, vai começar a ter fome, vão ter que invadir algum lugar… e passamos a ter problemas no futuro e quem sabe a nossa tranquilidade e qualidade de vida comecem a cair”.
Leia textos sobre direitos humanos
toudeolhoemademar13.blogspot.com

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Zé de Abreu dispara contra Lula, PT e Dilma por “omissão” com Dirceu

 

“Sem Dirceu não haveria PT, nem Lula presidente, muito menos Dilma. Se o PT não se defende, e não faz nada pra defender Dirceu, tô saindo fora”, diz o ator, que é filiado ao partido. Para ele, o amigo foi abandonado pelos companheiros petistas


Reprodução
Ator, que cogitou concorrer a deputado pelo PT este ano, fez desabafo em sua conta no Twitter
O ator José de Abreu ameaça deixar o PT caso a presidenta Dilma, o ex-presidente Lula e o comando do partido não “tomem uma atitude enérgica” em defesa do ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, após ter sido condenado no processo do mensalão. Amigo de Dirceu desde 1967, quando militavam juntos no movimento estudantil em São Paulo, Zé de Abreu diz que o governo e o partido abandonaram o petista que, segundo ele, foi o grande responsável pela chegada deles ao poder.
“Se o PT não assumir uma defesa intransigente do Dirceu mostrará que é um partidinho de merda, como os outros”, escreveu. Em uma série de mensagens publicadas ontem (12) à noite em sua conta no Twitter, Zé de Abreu acusou Lula e Dilma de omissão e cobrou deles o lançamento de uma campanha nacional em defesa do ex-ministro da Casa Civil, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e 11 meses de prisão, em regime semiaberto, pelo crime de corrupção ativa.
“Como confiar num líder que abandona seu companheiro numa prisão injusta? Lula e Dilma têm que se manifestar urgentemente! Temos que fazer uma campanha nacional liderada por Lula e Dilma contra a injustiça a que Dirceu está submetido. Temos que exigir de Lula uma postura condizente com o que Dirceu significou para ele. Começo agora uma campanha solitária. Quem quiser que me siga. Meu compromisso é com o povo brasileiro, não com Lula, Dilma ou PT”, desabafou.
Filiado desde o ano passado ao Partido dos Trabalhadores, o ator chegou a ensaiar uma pré-candidatura a deputado federal, mas desistiu da ideia, após ser dissuadido por familiares e amigos, como o próprio Dirceu, conforme contou em entrevista exclusiva à Revista Congresso em Foco. Nos últimos anos, o artista comprou brigas nas redes sociais ao assumir a defesa de Dirceu e outros petistas, principalmente durante o julgamento do mensalão.
Injustiça e deslealdade
Antônio Pinheiro
Em entrevista à Revista Congresso em Foco, Zé de Abreu contou que participou de "vaquinha" para Lula assim que petista deixou o Planalto
Na sucessão de mensagens publicadas no sábado no Twitter, Zé de Abreu diz que muito pior do que a injustiça do inimigo é a deslealdade do companheiro. Ele questiona por que, passados cinco meses desde sua prisão, Dirceu ainda não ganhou o direito de trabalhar durante o dia, como prevê o regime semiaberto.
Para o artista, o PT se cala diante da prisão “política” de um dos principais nomes de sua história. Um silêncio que, segundo ele, não pode ser creditado à proximidade das eleições. O ator lembra que Fernando Haddad venceu a eleição para prefeito de São Paulo no momento em que o STF julgava o processo do mensalão.
“Lula e Dilma devem uma explicação aos companheiros. Por que tanta omissão? Não sou idiota nem inocente útil. Sem Dirceu não haveria PT, nem Lula presidente, muito menos Dilma. Se o PT não se defende, e não faz nada pra defender Dirceu, tô saindo fora. Só entrei no PT por cause dele”, afirmou. “Se não são companheiros de Dirceu não são meus companheiros”, acrescentou o ator, que passa férias em Budapeste, na Hungria, após ter concluído seu último trabalho na TV Globo, a novela Jóia Rara.
À espera
Defensores de Dirceu reclamam da demora de Joaquim e da Vara de Execuções Penais do DF para decidir sobre o pedido do petista para trabalhar na biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi. A resposta só deve sair quando for concluído o inquérito que apura se o ex-ministro utilizou telefone celular dentro do presídio. Outros condenados que foram presos depois dele já usufruem do benefício.
Apontado pela Procuradoria-Geral da República como líder da organização criminosa, Dirceu foi absolvido do crime de formação de quadrilha pelo Supremo na análise de recurso. Além da prisão, ele também foi condenado a pagar multa de R$ 971.128,92. O valor foi arrecadado em campanha na internet. Zé de Abreu foi um dos doadores.
Vaquinha para Lula
Na entrevista concedida no final do ano passado à Revista Congresso em Foco, o ator contou que participou de uma ação entre amigos para ajudar financeiramente o ex-presidente Lula assim que ele deixou o Planalto, em 2011.
“Fizemos vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não tinha um puto. Não tinha nada. Aí depois começou a ganhar dinheiro com as palestras, os eventos e tal. Aí a gente fala isso e as pessoas fazem mimimi. Mas teve vaquinha. Foi uma ação entre amigos mesmo, para que ele pudesse chegar em casa”, declarou. Na entrevista, Zé teceu críticas aos governos FHC e Dilma e explicou sua preferência por encarnar vilões quando está em cena. Ele disse que achava que o PT deveria deixar de ter candidato próprio em 2018 para apoiar um aliado. “É hora de o PT voltar a ser pedra“, avaliou.
Leia mais sobre o mensalão

domingo, 13 de abril de 2014

ELEIÇÕES 2014 : Com três chapas fortes, Bahia deve ter 2º turno

ESPAÇO DO LEITOR:
Gabriel de Camaçari.... por email


d          :                                                              
A disputa pelo governo da Bahia deve ir para o segundo turno porque, pelo menos por ora, há três chapas competitiva; para continuar o projeto governista, o deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do Estado, Rui Costa (PT), encabeça a chapa majoritária; DEM, PMDB e PSDB, se uniram em chapa única e escolheram o ex-governador Paulo Souto (DEM) como cabeça; correndo por fora há a ‘zebra’ da disputa, a senadora Lídice da Mata, do PSB, que rompeu com o governador Jaques Wagner (PT) em dezembro último para seguir orientação nacional da legenda; a corrida pelo Palácio de Ondina promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos

13 de Abril de 2014 às 14:58


PT e PCdoB preparam lei para quebra de monopólio da mídia








 Leandro

charge
Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com
Num consórcio contra o que chamam de mídia golpista, no bordão entre gabinetes, o PT e PCdoB preparam sem chamar a atenção projeto de lei para a quebra do monopólio de grandes grupos de mídia no Brasil, a exemplo do que fez a presidente argentina Cristina Kirchner. A decisão passa pela regulamentação do Parágrafo 5º do Artigo 220 da Constituição, do Capítulo V que trata da Comunicação Social. Para comunistas e petistas que defendem a regulação da mídia, os grupos devem se desfazer de redes de rádio e jornais. ‘A Constituição terá de ser seguida’, diz a vice-presidente do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), uma das coordenadoras da ideia.
A brecha. O Parágrafo 5º cita que ‘Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio’. Falta detalhar, aí está a brecha.
Robin Hood. Acaba de sair da comissão especial e será protocolado projeto que tira dinheiro dos grupos e distribui verba publicitária do governo equitativa para mídias regionais.
Hum…Para os caciques dos dois partidos, é preciso no País uma mídia mais independente e sem controle de grupos com interesses, segundo relatam, nem sempre claros.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Médica e Ex - Vereadora agoniza em Camaçari

ESPAÇO  DO LEITOR:
Gabriel de Camaçari.......................por email


Ex-vereadora Drª Eugênia:  Esqueci do sucesso  
                            


        
        





O portão de zinco
Após inúmeras tentativas de chamar a médica Lúcia Eugênia Borges da Silva, a conhecida vereadora Drª Eugênia, 58 anos, no portão da casa, resolvi adentrar para verificar se havia alguém para atender.
Sentada em frente à TV encontrei uma senhora de cabelos grisalhos, muletas ao canto e as pernas apoiadas no sofá.
- Posso conversar com a senhora?
Ela respondeu sinalizando positivamente com a cabeça.
De início estranheza, depois timidez seguida de demonstração de alegria. Estou feliz que você veio falar comigo, mas não gostaria de conversar sobre política.
Concordei imediatamente, embora soubesse que os papéis de médica, mulher, mãe e militante social se entrelaçavam à figura política . Mais adiante ela mesmo diria: não tenho divisão do eu.
Queria mesmo era saber da  história de vida daquela pessoa que estava bem ali na minha frente, uma distinta figura pública e que hoje acomodava-se aquele lúgrube ambiente. Queria mesmo era tentar compreender como acontecem as adversidades da vida e ouvir dela própria, Drª Eugênia, a narrativa da trajetória e das dificuldades nas quais está imersa.
Com glaucoma e insuficiência renal crônica, sem conforto algum, mora de aluguel em uma modesta casa quase sem móveis, sem geladeira nem fogão. Um lugar escuro, pouco ventilado e precário.
Ao som da forte chuva que caía, Dra. Eugênia, começou a contar sobre o passado. Eu adoro a chuva,  lembra a época de criança e dos tempos que brincava com meus filhos.
Gostaria de voltar a trabalhar
Médica, primeira mulher a assumir a vereança pelo Partido dos Trabalhadores (PT), desde jovem, Dra. Eugênia participou ativamente de movimentos em prol da saúde e dos servidores públicos.
Convocada a participar de passeatas e ações de protesto, um dia foi surpreendida com a pergunta de um policial durante uma manifestação na rotatória do Pólo Petroquímico: Até a senhora vem pra cá fazer este tipo de movimento?. Ela não titubeou e respondeu: eu peço por escola para o filho do soldado. Além da escola, peço também melhores condições de trabalho para os policiais.
Vive com dois netos e uma filha de 22 anos desempregada.  Diabética desde os 35 anos, hoje a Drª está afastada das atividades laborais e políticas por motivo de doença.
O auxílio que recebe do governo não é suficiente para suprir as necessidades da família e o tratamento de saúde. Com problemas para retirar o valor do benefício,vive com a colaboração de conhecidos inclusive para prover a própria alimentação e despesas do dia-a-dia.

Falta o básico. Falta tudo.
Para ela, a felicidade tem três Ss: Sabedoria, Saúde e Sucesso. Sem mencionar as questões do bem estar, observa: esqueci do sucesso.
Pensei em voz alta que além dos Ss faltava o E da Espiritualidade.
Sem clinicar há mais de três anos e mesmo com toda dificuldade física, tem vontade de retomar as atividades. Eu gostaria de voltar a trabalhar, declara.
A médica contou sobre os projetos que participou e do sonho de vê-los reanimados: a Creche Curumim localizada na comunidade de Parafuso e a Fundação Humanitária de Camaçari no Phoc II. A creche foi desativada por falta de voluntários e a Fundação teve a sede ocupada por um dos beneficiados pela instituição.
A vida política
Quando se elegeu pela primeira vez em 1988 foi uma surpresa. Ninguém esperava que eu me elegesse. Eu não tinha um tostão, afirmou.  Segundo a ex-vereadora, é necessário casar a fé com a obra, e por isso, viu na carreira política a possibilidade de colocar em prática tudo o que defendia nos tempos de militância.
A médica acredita que em quatro anos não é possível consolidar os projetos. Por isto, tentou novamente a reeleição.  No ano 2000, elegeu-se novamente.
Durante os mandatos a prioridade foi defender politicamente a saúde. O projeto de Diagnóstico e Tratamento dos Falcêmicos, aprovado e sancionado durante a gestão de Hélder Almeida, deu origem a lei municipal 579/02 que acabou instituindo o Programa Municipal de Atenção Integral aos Portadores de Anemia Falciforme.
Em sua carreira política, ao deparar-se com movimentos populares sempre salientava que: sem ordenamento não é possível ir adiante. Uma sociedade só se constitui com organização popular e partidos fortes.
A família
Dra. Eugênia é mãe de quatro filhos: Moisés (27), Nilton (23), Larissa (22) e Ednalva, falecida em 2012 aos 35 anos. Avó de sete netos, afirma: Minha atenção maior hoje é para os netos. O filho Moisés mora em Salvador e Nilton reside em Camaçari.
A filha Ednalva que tinha problemas de hipertensão, diabetes e obesidade mórbida, apesar dos tratamentos, não resistiu e veio a óbito em uma das internações no Hospital Geral de Camaçari (HGC). Eu chamava Ednalva de Rizalva. Sabe por que? Porque ela tinha um sorriso lindo, contou Lúcia Eugênia.
Mas o sorriso de Ednalva ficou triste. A ex-vereadora atribui a piora do estado de saúde da filha ao rapto de uma das suas netas.
De acordo com os relatos, uma senhora de prenome Cícera, cuidava da filha de Ednalva - Íris Regina, enquanto a mãe trabalhava como cobradora de ônibus. Drª Eugênia não sabe precisar o tempo em que esta moça cuidou da sua neta, mas conta que chegou a ser procurada por ela, que lhe pediu autorização para ficar com a menina. Com a solicitação negada, Cícera mudou-se, levando a menina com ela. Daí, até a morte de Rizalva, foram dois anos de muita procura e sofrimento. Soubemos que estava em Pernambuco, mas não a encontramos mais.
Estes são os dois grandes motivos de tristeza para a família: o sumiço da neta, até hoje não solucionado, e também a morte de Ednalva. Depois da perda da filha, os dois netos mais velhos, filhos da falecida, ficaram com a avó. Os outros dois mais novos ficaram com o pai.
Hoje tentando driblar as dificuldades de mobilidade e financeiras para cuidar dos netos, não consegue melhorar a própria saúde.
Drª Eugênia já não tem mais a mesma vitalidade da jovem de 24 anos, que recém formada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), iniciava a sua luta pela saúde.

Numa vida de esperança, deposita no próprio futuro e na colaboração dos amigos a sua única possibilidade de voltar a sorrir.
Ao despedir-se, ela agradece e afirma: eu concordo com você quando diz que falta a espiritualidade nos três Ss. Anote aí, por favor.
Fonte : Folha de Camaçari