ESPAÇO DO LEITOR
Vieirinha....por email
O Historiador, Marco Antonio Villa continua a ser cultuado pela mídia partidarizada no Brasil; em entrevista à revista Época, ele ataca o ex-presidente Lula e fala sobre seu livro que classifica os primeiros dez anos do PT no poder como uma "década perdida"; Villa afirma que FHC "tem uma dívida com o povo brasileiro" por não ter lutado pelo impeachment de Lula em 2006
¶ Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, não deveria ser apresentado como historiador, mas apenas como o que ele de fato é.
Nesta condição, ele escreveu o livro "Década Perdida", sobre os primeiros dez anos de poder do PT e foi retratado, no 247, como símbolo da desonestidade intelectual no meio acadêmico (leia mais aqui).
Villa, no entanto, continua a ser ouvido e cultuado pela imprensa cada vez mais partidarizada do País. Neste fim de semana, ele fala à revista Época e, em entrevista ao jornalista José Fucs (leia aqui), diz que o ex-presidente Lula é o "réu oculto" do chamado mensalão. Para ele, não houve a formação de uma nova classe média e o Brasil "é um país de miseráveis".
Eis algumas das opiniões de Villa:
A economia sob Dilma – "Desenterrou velhas leituras econômicas, um keynesianismo cheirando a naftalina, e ideias de presença do Estado na economia cheias de teias de aranha, dos tempos do governo Geisel, nos anos 1980, que tiveram um alto custo para o país. Provavelmente, os primeiros três anos do governo Dilma estarão entre os piores da história econômica brasileira, e a perspectiva de melhora no curto prazo é baixa."
Nesta condição, ele escreveu o livro "Década Perdida", sobre os primeiros dez anos de poder do PT e foi retratado, no 247, como símbolo da desonestidade intelectual no meio acadêmico (leia mais aqui).
Villa, no entanto, continua a ser ouvido e cultuado pela imprensa cada vez mais partidarizada do País. Neste fim de semana, ele fala à revista Época e, em entrevista ao jornalista José Fucs (leia aqui), diz que o ex-presidente Lula é o "réu oculto" do chamado mensalão. Para ele, não houve a formação de uma nova classe média e o Brasil "é um país de miseráveis".
Eis algumas das opiniões de Villa:
A economia sob Dilma – "Desenterrou velhas leituras econômicas, um keynesianismo cheirando a naftalina, e ideias de presença do Estado na economia cheias de teias de aranha, dos tempos do governo Geisel, nos anos 1980, que tiveram um alto custo para o país. Provavelmente, os primeiros três anos do governo Dilma estarão entre os piores da história econômica brasileira, e a perspectiva de melhora no curto prazo é baixa."
A década do PT no poder, marcada por forte crescimento e inclusão social – "Os êxitos do PT são bem menores do que se propala por aí. Eles são repetidos de forma tão sistemática e tão eficaz, sem nenhuma resistência da oposição, que acabam por adquirir um manto de verdade. Em 2010, o Brasil cresceu 7,5%, mas a partir de uma base muito baixa. Em 2009, houve uma recessão. Nos outros anos, o crescimento foi relativamente tímido. Em média, o Brasil cresceu menos que a América Latina e os países emergentes nesse período. Os argumentos do governo, de que a classe média se tornou maioria no país, são totalmente falaciosos. Classe média não mora em favela nem ganha dois ou três salários mínimos, ou até menos que isso por mês. Aconteceu é que o PT – como se fosse o Ministério da Verdade do livro 1984, de George Orwell – começou a criar novas categorias econômicas para dar êxito a um governo que é um fracasso. Inventou uma nova classe C, que seria uma outra classe média, diferente da classe média tradicional, e construiu a ideia de que o Brasil é um país de classe média. Não é. É um país de miseráveis."
A popularidade de Dilma – "Essas pesquisas não servem para nada. Não permitem a compreensão da realidade, até pela forma como as perguntas são feitas pelos institutos de pesquisa e respondidas pelos entrevistados. As pesquisas dão apenas uma noção de como as pessoas veem o debate político. Mesmo tendo uma parcela considerável dos eleitores, o PT nunca venceu uma eleição presidencial no primeiro turno."
Lula e o chamado mensalão – "Para mim, Lula é o réu oculto do mensalão. Ele tinha ciência de tudo aquilo, chegou a ter até dois encontros com Marcos Valério. Pode não ter participado da organização do esquema, mas era o principal favorecido. Na estrutura do PT, o chefe da quadrilha, José Dirceu, não faria aquilo sem a concordância de Lula. Agora, o que fez Fernando Henrique? Saiu dizendo que um processo de impeachment de Lula criaria uma crise institucional, afetaria a economia, o crescimento do país. Essa é uma dívida histórica que ele tem com o povo brasileiro. No momento em que o PT estava nas cordas, em vez de levá-lo a nocaute, como o PT faria se estivesse do outro lado, o que o PSDB fez, por meio de seu principal líder, foi deixar Lula sangrando nas cordas, acreditando que o nocautearia facilmente nas eleições de 2006."
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