O que precisa ficar claro, nesse momento histórico de transição, pelo qual passamos, com o advento das redes sociais e com a revolução social promovida pela internet, em curso e trazendo o debate para o nosso microcosmo, é que o ciclo politico inaugurado pelo " Caetano e outros " no alvorecer da década de 80 do século passado, é findo.
Já vivemos o pós- Caetano - uso seu nome por ser a figura mais emblemática dessa era.
O novo virá, alías, já está entre nós e o processo social o revelará, como de costume. São como aquelas músicas que não tocam na mídia, porque são fenômenos regionalizados, mas que são levadas pela oralidade e chega um momento em que a Industria Cultural, obrigatoriamente, as reconhecem como sucessos inevitáveis.
Como ensina o menestrel Belchior, "o novo sempre vem". E tomara que seja, realmente, novo. E não, uma novidade perecível.
O Caetano, habilidoso bicho político, já fez essa leitura. Sabe que perdeu o centro da cena política de Camaçari, mas não se entrega, luta desesperadamente, para reocupar um lugar que já foi seu. Por isso, assumiu o mandato de deputado federal, que é, na verdade, um verniz institucional para exercer de fato o poder. Como diz um amigo, "convenceram Ademar Delgado a ser candidato, mas não o convenceram a ser realmente um prefeito de verdade". O prefeito ilegítimo é ele.
O poder o seduziu, ainda assim, a história há de lhe fazer justiça, um dia.
Luiz Nascimento
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