sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Kotscho: Eduardo Cunha tomou o poder de Dilma, que sumiu

Ex-secretário de Imprensa do ex-presidente Lula critica a apatia da petista diante dos avanços do presidente da Câmara. Para ele, o país caminha para um “impasse institucional” com crescimento do discurso pró-impeachment e crise inédita



O novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tomou o poder da presidenta Dilma Rousseff (PT), que assiste a tudo sem esboçar qualquer reação. A advertência é feita pelo jornalista Ricardo Kotscho, ex-secretário de Imprensa do ex-presidente Lula. Em artigo publicado em seu blog, o Balaio do Kotscho, o jornalista critica a apatia da petista diante do avanço de Cunha e da “erosão em todos os setores da vida nacional”. Para o colunista, o país caminha para um “impasse institucional”, com o crescimento do discurso pró-impeachment e uma crise política, econômica e social inédita.
“Se algum forasteiro cair de paraquedas hoje no Brasil, vai achar que o presidente da República é ele, o líder suprapartidário da oposição, que ocupou todos os espaços na mídia, e não a reeleita Dilma Rousseff, que sumiu e a tudo assiste impavidamente”, escreveu Kotscho, referindo-se a Eduardo Cunha.
Para o jornalista, a sociedade está dividida entre os que se mobilizam freneticamente contra o governo e aqueles que são tomados pelo sentimento de perplexidade diante da atual crise política, econômica e social.
“Minhas piores previsões feitas aqui no blog, infelizmente, estão se confirmando: o governo Dilma 2, completamente isolado e sem rumo, está acabando antes mesmo de começar”, afirmou. “Já se fala em impeachment de Dilma no Congresso e nas redes sociais como se fosse a coisa mais natural do mundo e não vejo nenhuma reação dos que a apoiaram para defender o seu mandato conquistado faz tão pouco tempo nas urnas”, acrescentou.
Na semana passada, Kotscho escreveu em seu blog que Dilma e o ex-presidente Lula nunca estiveram tão distantes. Segundo ele, o novo governo Dilma, que mal começou, “está se acabando sozinho num inimaginável processo de autodestruição”.

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